quinta-feira, 27 de março de 2014

Maceió tem média de 534 passageiros por ônibus

Quando comparada a outras capitais brasileiras, Maceió é uma das menores. No entanto, tem problemas iguais aos das grandes metrópoles. Um deles – e talvez o que a população mais sente no dia-a-dia e mais colabora para redução da qualidade de vida – é o do transporte público.

A capital alagoana tem uma média de 534 passageiros por cada ônibus. Segundo dados da Transpal (Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas), cerca de 350 mil pessoas – o que equivale a 27% da população da cidade – são transportadas diariamente pelo sistema de transporte público de passageiros de Maceió, que é composto por apenas 655 ônibus.

Se considerarmos o mesmo percentual de pessoas que viajam de ônibus no maior bairro da cidade, o Benedito Bentes, a média é a mesma: 534 passageiros por cada veículo. Nesse bairro, existem cerca de 200 mil pessoas. Portanto, 27% equivalem a 54 mil moradores. A frota que atende ao bairro, também segundo a Transpal, é de 101 veículos.

Vale lembrar que, em 2011, antes da entrega dos conjuntos do Minha Casa, Minha Vida aos seus moradores, no bairro Benedito Bentes, também conforme dados da Transpal enviados ao Blog, a frota que atendia à região era de 90 veículos, passando atualmente para 101 – um incremento de 11 ônibus.

Apenas em uma das transversais da avenida Cachoeira do Meirim, onde existem quatro residenciais, a estimativa é de 7.600 novos moradores. Se 27% deles precisam de ônibus, já são 2.052 novos passageiros. Para que esses 2.052 novos pagantes viajem sentados, sem haver superlotação, seriam necessários mais 41 veículos (isso se considerarmos que todos sairiam de casa ao mesmo tempo). Sinceramente, acredito que no Benedito Bentes a média da população que anda de ônibus é maior que 27%, ou seja, lá são mais de 534 pessoas por cada veículo.

Por outro lado, se considerarmos que a população viajante de ônibus em Maceió sai de casa em dois horários preferenciais – começo da manhã e da tarde – a média cai para 267 pessoas por cada ônibus. Ainda assim, vale lembrar: cada veículo só leva cerca de 50 pessoas sentadas. As demais viajam em pé, como o Blog já mostrou aqui em outra postagem.

Fazendo mais uma comparação, temos o seguinte: 350 mil pessoas em toda a capital saem de casa em dois horários, sendo 175 mil por vez. Para que todas viajem sentadas, seriam necessários, portanto, 3.500 ônibus – e não apenas 655, como ocorre atualmente. Se isso acontecesse algum dia, no entanto, por quais ruas esses ônibus iriam circular?

Nem tudo é negativo

Nem tudo que envolve o transporte público em Maceió é negativo. Do total de 655 ônibus que compõem a frota da capital, 433 estão adaptados para cadeirantes, colaborando, assim, para o exercício da cidadania. A faixa azul, em vigor desde este mês de março, reduziu o tempo de viagem pelas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima de 50 para 20 minutos. De acordo com a Transpal, dos 30% da frota que passam diariamente na avenida Fernandes Lima, 60% possuem câmeras na frente dos ônibus para ajudar a fiscalizar a manutenção dos coletivos na faixa exclusiva. Até abril, mais 20 ônibus serão adaptados com a colocação de câmeras. Elas deverão ajudar, inclusive, a identificar e punir motoristas que fizerem uso indevido da faixa.

Ainda conforme a Transpal, para oferecer mais comodidade não somente aos usuários, como também aos profissionais que operam o sistema, uma parceria com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Maceió tem levado motoristas de ônibus das empresas às salas de aula para uma espécie de reciclagem. O curso para motoristas, cobradores e fiscais de transporte é uma das iniciativas propostas pela SMTT em parceria com a Transpal. Cerca de 100 profissionais são atendidos semanalmente desde o início do ano durante aulas ministradas pelo corpo docente do Serviço Social de Aprendizagem ao Transporte (SEST/SENAT). O objetivo é alcançar os 3.000 profissionais que atualmente já exercem a função na capital.
Devido à superlotação, alguns ônibus "queimam" os pontos em horários de pico

segunda-feira, 24 de março de 2014

Emenda popular pode garantir aplicação do IPTU na instalação de semáforos

Vai demorar para que os moradores do Benedito Bentes, em Maceió, vejam o dinheiro que pagam à Prefeitura por meio do IPTU ser aplicado na instalação de semáforos no bairro.

Conforme a SMTT – em resposta enviada ao Blog sobre matéria publicada aqui a respeito da possibilidade do uso de parte dos cerca de R$ 800 mil que poderão ser arrecadados na transversal da Cachoeira do Meirim onde ficam quatro residenciais do Minha Casa, Minha Vida para instalação de um semáforo em frente à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) – o uso do recurso obtido por meio do IPTU para uma finalidade específica depende de uma emenda popular.

Para tal, a população deve participar, no meio do ano, das reuniões de planejamento da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano seguinte. Conforme a nota enviada ao Blog, “o IPTU é destinado para conta única e distribuído para outros gastos, escolhidos durante reunião da equipe de planejamento com a participação de representantes do povo”.

Enquanto isso não acontece, os moradores que precisam cruzar a avenida Cachoeira do Meirim continuam arriscando a vida na travessia, uma vez que são poucos os motoristas que dão prioridade a quem passa a pé. Vale lembrar que, em dezembro de 2013, uma faixa foi pintada na via, em frente às obras da UPA, para facilitar a travessia dos pedestres. No entanto, a partir de janeiro deste ano, a faixa começou a desaparecer.

Em outra matéria publicada aqui, o Blog mostrou que também é complicada a situação de quem precisa atravessar uma avenida no bairro do Poço, onde existe uma faixa visível, mas que não é respeitada pelos motoristas. Sobre o assunto, a SMTT informou, por meio de sua Assessoria de Comunicação, que “é inviável a colocação de um agente visto que ele deve fazer a fiscalização em outros pontos considerados mais críticos. No local já foram realizadas várias ações educativas da SMTT e o problema está mais relacionado à educação do motorista”.
Pedestre se arrisca em travessia onde não há nem faixa nem semáforo


sexta-feira, 21 de março de 2014

Prefeitura de Monteirópolis recebe quase R$ 100 mil para adequação de estruturas esportivas, mas população não sabe em que o dinheiro foi aplicado

A Prefeitura de Monteirópolis recebeu, em janeiro deste ano, R$ 98.689,68 do governo federal para “implantação e adequação de estruturas esportivas escolares”. No entanto, a população não sabe em que o recurso foi aplicado.
O valor do repasse está no Portal da Transparência (portaltransparencia.gov.br) e pode ser acessado no link: http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaAcoes.asp?Exercicio=2014&SelecaoUF=1&SiglaUF=AL&NomeUF=ALAGOAS&CodMun=2807&NomeMun=MONTEIROPOLIS&ValorMun=1.352.753,01.
O município dispõe apenas de uma quadra esportiva que, segundo moradores que falaram com o Blog mas não quiseram se identificar, está precisando de reforma devido a rachaduras, ao mato crescendo em meio ao concreto e aos banheiros interditados. A quadra também não é coberta, o que dificulta a realização de atividades esportivas em dias de chuva ou quando a insolação está muito forte.
O site oficial da Prefeitura também não faz nenhuma referência à realização de obras para melhorias de estruturas esportivas escolares, neste ano de 2014. O Blog tentou durante três dias úteis falar com o prefeito Elmo Medeiros e com a secretária municipal de Educação e Esporte, por telefone, mas não foi atendido.

Portal da Transparência mostra que valor foi repassado em janeiro/2014


quarta-feira, 19 de março de 2014

Enquanto a cena abaixo existir, não há argumentos para justificar uma passagem a R$ 2,50

A cena abaixo foi registrada esta semana, em Maceió, num ônibus que liga a parte alta à parte baixa da cidade, no horário entre 18h e 19h, o chamado “horário de pico”. Como se sabe que mais pessoas utilizam o transporte coletivo nesse horário, deveria haver mais veículos. Não é o que acontece. Dessa forma, enquanto essa cena existir, não há argumentos para justificar uma passagem a R$ 2,50. Qualquer pessoa que viaja nessas condições, todos os dias, para ir para voltar, dirá que o valor atual da passagem não deveria ser maior que R$ 1,00.
A faixa azul, por outro lado, reduziu o tempo de viagem de quem passa pelas avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro, diminuindo também o sofrimento dessas pessoas. Mesmo assim, quem tem carro não vai trocá-lo pelo ônibus apenas por conta da faixa exclusiva.
É preciso que muitos outros investimentos sejam feitos. Primeiro em respeito a quem sempre andou de ônibus; segundo para conquistar novos usuários. Só assim, portanto, os governos poderão dizer que privilegiam o transporte público.

Todos os dias a situação se repete para esses e milhares de outros passageiros

sexta-feira, 14 de março de 2014

Prefeitura de Monteirópolis recebeu mais de R$ 14 milhões do governo federal em 2013

A Prefeitura de Monteirópolis recebeu R$ 14.173.827,61 em repasses do governo federal em 2013. A maior parte do dinheiro foi enviada para ser aplicada em ações na área da educação. Todos os dados estão no Portal da Transparência (www.portaltransparencia.gov.br).

Apenas para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) foram repassados  R$ 3.535.953,34. Para o dinheiro direto na escola para a Educação Básica foram enviados R$ 301.051,60, enquanto para o apoio à alimentação escolar da Educação Básica o valor foi de R$ 120.528,00. No item Transferência da Cota-Parte do Salário-Educação, o valor repassado foi de R$ 133.877,83  

Pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a administração municipal recebeu R$ 5.560.553,63. Na área da saúde, o destaque foi o valor repassado para o Piso de Atenção Básica Variável - Saúde da Família: R$ 671.261,60. Para construção e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), o valor repassado foi de R$ 177.600,00.

O Portal da Transparência mostra ainda que, em 2014, o governo federal já repassou ao município R$ 1.352.753,01.

O detalhamento dos repasses está no link abaixo:
http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaAcoes.asp?Exercicio=2013&SelecaoUF=1&SiglaUF=AL&NomeUF=ALAGOAS&CodMun=2807&NomeMun=MONTEIROPOLIS&ValorMun=14.173.827,61&Pagina=1.

Já pelo governo do Estado, Monteirópolis recebeu, em 2013, R$ 1.109.212,61. Este ano, nos meses de janeiro e fevereiro, já foram repassados R$ 172.814,43. Os detalhes estão no Portal da Transparência Ruth Cardoso (http://www.portaltransparenciaruthcardoso.al.gov.br) e podem ser conferidos também no link abaixo:
http://www.portaltransparenciaruthcardoso.al.gov.br/consultas/repasses/repasse_municipios_mes.php?ano=2014&tipo_filtro=1&filtro=12251450000136&descricao=PREF%20MUNI%20MONTEIROPOLIS

Saiba como fiscalizar o uso do dinheiro público

Uma das páginas do Portal da Transparência do governo federal traz uma explicação bem clara sobre como os cidadãos podem fiscalizar a aplicação do dinheiro público. O texto ressalta também que a Prefeitura deve informar à população a chegada de repasse do governo federal, onde e como o dinheiro está sendo aplicado. Reproduzo o conteúdo abaixo, que está disponível no link: http://www.portaltransparencia.gov.br/controleSocial/ControleSocialPrefeituras.asp.

Controle Social – Controle social nas prefeituras

É dever da prefeitura informar a população, com clareza, sobre como é gasto o dinheiro público. A prefeitura deve prestar contas à população e publicar suas contas de forma simples em local visível e de fácil acesso para todos os cidadãos. De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, art. 48 e 49, a prefeitura deve, ainda, incentivar a participação popular na discussão de planos e orçamentos. E cabe a você, cidadão, fiscalizar se tudo isso está sendo feito. 
De acordo com o art. 2º, Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997, a prefeitura deve comunicar por escrito aos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais com sede no município a chegada da verba federal em um prazo máximo de dois dias úteis. Caso esses deveres não estejam sendo cumpridos, o cidadão poderá acionar a Câmara Municipal que tem a obrigação de fiscalizar a prefeitura. 
Os órgãos federais também devem comunicar às câmaras municipais as verbas transferidas aos municípios. Caso essa exigência não esteja sendo cumprida em seu município, a Controladoria-Geral da União (CGU) deve ser avisada. Exerça seus direitos, seja um fiscal da correta aplicação e gestão dos recursos públicos. 

Tabela mostra repasses para cada área

Educação, Saúde e Assistência Social são as áreas que mais receberam recursos

Governo do Estado também fez repasses para o município



quarta-feira, 12 de março de 2014

Conheça alguns motivos que justificam a redução no valor da passagem de ônibus

A Transpal (Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas) divulga aos quatro cantos os motivos que justificam, segundo ela, o aumento no valor da passagem de ônibus em Maceió, que passou de R$ 2,30 para R$ 2,50 no dia 1º de março. Os dois principais motivos alegados são o reajuste no preço do combustível e no salário dos rodoviários (motoristas e cobradores).

Nos postos da associação onde estudantes vão recarregar seus cartões eletrônicos, um panfleto (segue abaixo) é distribuído com essa explicação. No entanto, a Transpal ainda não explicou porque a qualidade do serviço vai de mal a pior.

Analisando essa situação, citamos alguns dos motivos que podem justificar não o aumento, mas sim a redução no valor da passagem de ônibus (confira aqui outra postagem sobre o assunto):

- a quantidade de veículos é insuficiente para atender à população, por isso, muita gente viaja em pé;

- o conforto é quase zero, os veículos não têm ar-condicionado, as poltronas não são confortáveis;

- os ônibus quase nunca cumprem os horários que deveriam passar em determinados pontos;

- por estarem lotados, os motoristas simplesmente “queimam” alguns pontos nos horários de pico;

- às vezes, os motoristas dirigem como se estivessem transportando alguma carga, e não pessoas;

- os passageiros não se sentem seguros durante a viagem, pois os assaltos são constantes, e as empresas não restituem aos passageiros aquilo que foi levado;

- às vezes, os passageiros ficam obrigados a ouvir as músicas preferidas dos motoristas, que tocam seus hits no sistema de som do veículo; em outras situações, alguns passageiros, conhecidos como “DJs dos coletivos”, ligam seus aparelhos de som ou celulares, sem uso de fone, incomodando todos os demais pagantes (o assunto já foi discutido pelo blog, confira aqui);

- além de tudo isso, os passageiros são “obrigados” a consumir a propaganda dos ambulantes que entram nos coletivos pela porta traseira, sem pagar, para vender doces, salgados ou acessórios; em outras situações, também comuns, pedintes em geral fazem do ônibus uma verdadeira Secretaria de Assistência Social.
Panfleto distribuído pela Transpal


terça-feira, 11 de março de 2014

Prefeitura de Monteirópolis pagou R$ 25 mil por atrações artísticas do Festival do Umbú

Apesar da crise que todos os municípios – principalmente os menores – enfrentam devido à seca e à diminuição no repasse de recursos pelo governo federal, a Prefeitura de Monteirópolis pagou R$ 25 mil a uma empresa para contratação de atrações artísticas que se apresentaram no Festival do Umbú, realizado no povoado Sobradinho, no dia 22 de fevereiro deste ano. A súmula do contrato 01/2014 está publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (11), na página 55. Segundo a publicação, a empresa contratada foi José Adenisson Duarte Dantas – ME, CNPJ/MF nº 13.285.842/0001-89.
Imagem do Diário Oficial mostra súmula do contrato

segunda-feira, 10 de março de 2014

Com mais de R$ 720 mil, a Prefeitura pode instalar um semáforo?

Há quase três anos, moradores de alguns conjuntos residenciais do Minha Casa Minha Vida, no Benedito Bentes, em Maceió, se arriscam para conseguir atravessar a Avenida Cachoeira do Meirim, devido à falta de um semáforo, principalmente em frente às obras da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). É que na transversal criada a partir da Unidade existem quatro conjuntos residenciais, que somam 1.920 imóveis e cerca de 7.600 moradores – população igual à de muitos municípios do interior de Alagoas, como o blog já mostrou aqui em outro post.
A situação é complicada para quem precisa fazer o cruzamento de carro e ainda pior para quem passa a pé. Quem mora na região informou que os boletos do IPTU 2014 já chegaram. O valor médio que será pago por cada imóvel é de R$ 380,00. Se considerarmos que todos paguem, a arrecadação da Prefeitura, somente neste local – que equivale a uma transversal de uma avenida – será de mais de R$ 720 mil. Se, em outro cenário, considerarmos uma inadimplência de 50%, a arrecadação será de R$ 360 mil.
Diante disso, os moradores perguntam: a Prefeitura de Maceió pode usar parte da arrecadação do IPTU para instalar um semáforo e beneficiar mais de 7.600 pessoas que vivem ali?
Obs.: Em 2013, um hipermercado foi instalado na Via Expressa, no bairro de Antares. Na véspera de sua inauguração, dois semáforos foram instalados e já começaram a funcionar. Neste caso, o empreendimento comercial começou a funcionar já com toda a estrutura de tráfego. Por outro lado, alguns conjuntos do Minha Casa Minha Vida já estão com moradores há quase três anos, mas até agora nada de semáforo. Qual o motivo do tratamento diferenciado?


sábado, 8 de março de 2014

Motoristas infratores põem em risco a vida de pedestres

A faixa de pedestres está lá, recém-pintada, bastante visível, mas mesmo assim os motoristas insistem em não respeitá-la. Dessa forma, põem em risco a vida de estudantes e trabalhadores que diariamente precisam fazer a travessia.
A situação se repete em vários pontos de Maceió, mas o caso citado aqui ocorre no bairro do Poço, abaixo do viaduto que corta o riacho Salgadinho. Os motorista que seguem em direção ao bairro do Farol não param diante da faixa para dar prioridade ao pedestre – salvo raríssimas exceções daqueles mais educados que leram e respeitam o Código de Trânsito Brasileiro.
No sentido oposto – de quem vem do Farol em direção ao Poço, onde também há uma faixa – é mais comum que os motoristas parem. Talvez isso aconteça porque, nesta direção, o trânsito é mais congestionado e eles teriam que passar por ali devagar mesmo. Logo acima, no alto do viaduto, distante da visão de motoristas e pedestres, há uma placa com o aviso “Dê preferência ao pedestre” (de certo modo, a placa não seria necessária, se os condutores fossem educados e agissem conforme manda o Código).
Se houvesse um agente de trânsito da SMTT bem diante da visão dos motoristas, sem esboçar nenhuma reação, apenas parado ali para ser visto, será que os motoristas iriam continuar ignorando a faixa? Ou o medo de mexer no bolso para arcar com multas provocaria uma reflexão e os tornaria “educados”?
Enquanto não há nem multas nem educação, cabe aos pedestres contar com a sorte durante a travessia.

Sentido Farol-Poço: frase no alto do viaduto, distante do campo de visão dos motoristas,  faz o alerta; no entanto, para condutores conscientes, ela não é necessária
Sentido Poço-Farol: o pedestre que precisa fazer essa travessia corre mais riscos, pois nesse ponto os motoristas ignoram totalmente a faixa

quinta-feira, 6 de março de 2014

Uma aula de filosofia e cinco de matemática. Por quê?

A filosofia, enquanto ciência, é tão antiga quanto a matemática. A origem das duas remonta à Antiguidade, antes do nascimento de Cristo. Em dezenas de séculos, elas foram evoluindo e acumulando conceitos, informações e tecnologias que ajudam a entender e a facilitar a vida em sociedade. As duas colaboram, inclusive, para o aperfeiçoamento de outras ciências.
Mas, durante o período do Ensino Médio, tanto em escolas públicas quanto em particulares, por que os alunos têm cinco aulas de matemática e somente uma de filosofia por semana? Por que, também, a matemática é ensinada desde o Ensino Fundamental e a filosofia só entra na grade curricular no Ensino Médio?
Não é, evidentemente, por falta de conteúdo para ser repassado aos estudantes. A filosofia, assim como a ciência sociologia, faz parte da vida das pessoas e estimula o pensamento crítico, o questionamento daquilo que nos cerca e nos é imposto.
Os estudantes que partem para cursos universitários na área de ciências exatas, eu imagino, chegam com uma “bagagem” de conhecimento-base maior do que aqueles que vão para a área de ciências humanas. Estes, por sua vez, no início dos cursos têm contato com uma quantidade enorme de teorias e conceitos sobre filosofia (e sociologia) que não tiveram a oportunidade de ver no colégio.
Vale lembrar que durante os 21 anos de ditadura militar no Brasil – entre 1964 e 1985 – o governo incentivou os cursos na área de ciências exatas para “promover o desenvolvimento do Brasil” e perseguiu os pensadores de outras áreas, entre eles professores de ciências humanas, cantores, escritores, etc. Será que, mesmo 29 anos após o fim do regime, ainda somos educados conforme a ditadura?
Fonte da imagem: http://www.acervosaber.com.br


quarta-feira, 5 de março de 2014

Poluição visual: postes viram “classificados” a céu aberto

É comum, principalmente nas grandes cidades, encontrarmos postes “enfeitados” por anúncios, que vão desde venda, aluguel de casas, apartamentos a oferta de serviços de pedreiro e matrículas em escolas. Apesar de possuir certa efetividade para conquistar clientes, anunciar em postes sem autorização de órgãos públicos é ilegal e colabora para a poluição visual do ambiente.
As áreas infestadas por esse tipo de anúncio se tornam com aparência de mal cuidadas e abandonadas pelo serviço público, que deveria fiscalizar e combater essa prática. Um desses locais poluídos por anúncios irregulares é a Avenida Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes, entre os conjuntos Village das Artes e Recanto dos Pássaros, conforme a seqüência de fotos abaixo.




Poluição visual torna o ambiente com aparência de mal cuidado