quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Professores de Monteirópolis realizam manifestação por reajuste de 8,32%


Passeata de professores, alunos e pais de alunos percorreu as ruas da cidade (foto: Colaboração/Fernando Silva)

Manifestação parou em frente à Secretaria de Educação (foto: Colaboração/Fernando Silva)
Professores da rede municipal de ensino de Monteirópolis realizaram uma manifestação pelas ruas da cidade, na manhã desta quinta-feira (28), para cobrar um reajuste salarial de 8,32% que contemple toda a categoria, incluindo merendeiras, serviçais, vigilantes e motoristas.

Segundo a professora Betânia Alves da Silva, que é membro de uma comissão organizadora junto ao sindicato que representa a categoria, o Sinteal, de maio até agora já foram realizadas quatro reuniões com o prefeito Elmo Antônio Medeiros, mas o reajuste ainda não foi implantado.

“Por isso decidimos fazer a manifestação e uma paralisação de advertência hoje, amanhã e segunda-feira. Vamos aguardar o que será resolvido até segunda para decidirmos o que faremos em seguida. Nossa data-base era maio, mas até agora nada foi resolvido”, informou. “O nosso reajuste faz parte de um piso nacional”, completou.

Ela disse também que alunos e pais de alunos acompanharam a passeata pelas ruas da cidade, que terminou com uma reunião entre uma comissão representante da categoria e a secretária de Educação.

De acordo com a professora, a secretária informou que vai se reunir com o prefeito para fazer ajustes no projeto de aumento salarial, que será enviado novamente para a Câmara de Vereadores colocar em votação.

Ouvido pela reportagem, o presidente da Câmara de Vereadores, Adeildo Medeiros, disse que um projeto anterior foi enviado pela Prefeitura à casa legislativa, mas ainda não foi analisado. O presidente disse ainda que a Câmara convidou o prefeito Elmo Antônio Medeiros para prestar esclarecimentos sobre vários assuntos de sua gestão na sessão de amanhã (29), mas que ainda não tem confirmação da presença do gestor.

A nossa reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura para comentar a manifestação dos professores e a reunião com a secretária de educação, mas até o fechamento desta matéria não teve resposta.
Professores cobram reajuste para toda a categoria (foto: Diego Barros)

Major Izidoro: maioria do eleitorado é analfabeta ou apenas lê e escreve

O município de Major Izidoro, situado no Sertão de Alagoas, terá eleição suplementar para prefeito e vice-prefeito neste domingo (31), após decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A prefeita Maria Santana Mariano Silva Campos e seu vice, Adovaldo Albuquerque Alves, ficaram cerca de um ano e meio à frente da administração municipal, até serem afastados pelo TRE.

Agora, a ex-gestora é novamente candidata pelo PTB e enfrentará nas urnas o adversário Ítalo Amaral, do PMN, que é filho do ex-prefeito Ítalo Amaral, contra o qual Santana Mariano disputou as eleições de 2012.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Major Isidoro, 16,39% dos eleitores são analfabetos e 24,98% apenas conseguem ler e escrever, ou seja, podem ser considerados analfabetos funcionais. Somados, os dois percentuais chegam a 41,37% do total de 13.519 eleitores.

Os próximos gestores do município já sabem, portanto, qual será um de seus maiores desafios: reduzir o índice de analfabetismo entre os eleitores e entre a população de modo geral.

No pequeno município sertanejo, 3.299 famílias recebem o Bolsa Família, programa de transferência de renda do governo federal, conforme dados do Portal da Transparência. Numa média de 4 membros por família, são 13.196 pessoas incluídas, o que é quase igual ao total de eleitores.

Conhecido como “Terra do Leite”, Major Izidoro se destaca pela produção de leite em pequenas propriedades da agricultura familiar – e também em grandes fazendas – que é enviado tanto para as fabriquetas locais quanto para grandes indústrias dentro e fora de Alagoas. Apesar de muitos beneficiários do Bolsa Família, a atividade leiteira ainda é a base da economia local.

Mas o município também está se tornando conhecido pelos investimentos no Major Fest Folia e nas festividades juninas. Este ano, conforme publicações da própria Prefeitura no Diário Oficial do Estado, R$ 435 mil foram pagos pelas atrações artísticas que se apresentaram nos festejos juninos, enquanto R$ 230.600,00 pagaram as atrações do Major Fest Folia, realizado em abril.
Melhorar índices da educação será desafio para o próximo gestor (foto: Divulgação/Internet)


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mulheres são maioria e podem decidir eleições em Alagoas

Apesar de ainda serem minoria entre os candidatos a cargos eletivos, as mulheres representam a maioria do eleitorado alagoano e podem decidir as eleições. É o que mostram os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes ao ano de 2013.

Segundo o TSE, em Alagoas elas representam 53,69% do eleitorado, enquanto os homens são 46,31% do total. Assim, de 1.937.151 eleitores alagoanos, as mulheres são 1.040.024, enquanto os homens são 897.127. Entre as que estão aptas a votar, a maioria está na faixa etária dos 25 aos 34 anos.

No Sertão do Estado, a situação não muda: as mulheres continuam sendo a maioria do eleitorado e, entre elas, a maior parte está nessa mesma faixa etária. Em Delmiro Gouveia, por exemplo, do total de 32.706 eleitores, elas representam 53,57%. Já os homens representam 46,43%.

Em Santana do Ipanema, as mulheres são 53,96% dos eleitores, enquanto os homens são 46,04%. Em São José da Tapera, também no Sertão, elas representam 52,7%, já eles somam 47,3%.

“Elas não votam de forma unificada, mas podem e vão decidir as eleições. Sempre houve um distanciamento das mulheres do cenário político, até por questões históricas, pois elas só adquiriram o direito de votar e de serem votadas após os homens. Mas isso tem mudado rapidamente. Por outro lado, foi necessário se criar uma lei para que pelo menos um terço das candidaturas seja ocupado por mulheres”, avalia o sociólogo Adalberon Júnior.

Além de poderem decidir as eleições em Alagoas por meio do voto, as mulheres devem ficar atentas ao que dizem os candidatos quando o assunto são as políticas públicas. “As mulheres enfrentam lá na ponta o resultado da má gestão e da falta de políticas públicas. Elas têm sim grande poder de cobrar mudanças, mas não existe ainda organização nesse sentido”, comenta o sociólogo.

“Quando o candidato ou candidata fala em melhorias para o serviço de saúde, ele ou ela deve ser cobrado para que diga quais são as estratégias para atender ao público feminino, como, por exemplo: ampliação da rede para realização de exames específicos das mulheres, como mamografia”, exemplificou Adalberon Júnior.

Em diversos municípios do Sertão de Alagoas, este exame não é oferecido pela rede pública local. Assim, quando precisam, as pacientes são encaminhadas para Arapiraca, na região Agreste. Nesse processo elas passam por alguns transtornos, como a viagem – geralmente num carro cedido pela prefeitura que sai de madrugada e só retorna à noite –, perdem um dia de trabalho, quando são empregadas, ou têm dificuldades para deixar os filhos pequenos com algum responsável.

É preciso que os candidatos digam também se pretendem ampliar os instrumentos da rede de proteção social focados no público feminino. Deve-se incluir na lista de cobranças, ainda, creches equipadas e geridas por profissionais adequados para que elas possam deixar os filhos pequenos e criação de oportunidades de emprego não só para elas, mas para seus maridos e filhos jovens.

Em muitos municípios de Alagoas, não há maternidades nem hospitais equipados para realização de partos. Por isso, num momento tão delicado, elas precisam ser encaminhadas, muitas vezes às pressas, para cidades que dispõem dessa estrutura.

Em outubro deste ano, portanto, as mulheres poderão eleger candidatos e candidatas mais compromissados com as políticas voltadas para o público feminino. É aguardar para ver.
Mulheres são maioria e têm mais poder para cobrar políticas públicas

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Municípios em crise financeira não economizam com shows em nome das tradições

A crise financeira que atinge os municípios, particularmente os menores e que não têm arrecadação própria, levou os prefeitos alagoanos a realizar diversas reuniões na sede da associação que os representa, a AMA, para discutir o tema, e a participar da Marcha dos Prefeitos, em Brasília, no mês de maio deste ano.

Entre os objetivos dos gestores, estava o de conseguir um aumento de 2% nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), considerada a principal fonte de recursos.

Como consequência da crise, alguns municípios não conseguem honrar seus compromissos, como o pagamento em dia dos servidores, o pagamento dos fornecedores, as contas de água e de energia elétrica dos prédios públicos. Muitos deles, situados no Sertão de Alagoas, também estão em situação de emergência por conta da seca.

Por outro lado, alguns municípios da mesma região investem milhares de reais no pagamento de atrações artísticas que se apresentam em praças públicas em datas comemorativas, como emancipação política, festividades juninas e festas consideradas tradicionais.

Como exemplo, há o município de Santana do Ipanema, que no dia 2 de julho deste ano informou, por meio do Diário Oficial do Estado (DOE), a contratação de bandas para a Festa da Juventude pelo valor de R$ 592 mil. Nove dias depois, em 11 de julho, o mesmo município publicou no DOE um decreto de situação de emergência por conta da seca.

Em Major Izidoro, também no Sertão alagoano, as atrações artísticas para as festividades juninas custaram R$ 435 mil aos cofres públicos, conforme extrato de contrato publicado pela Prefeitura Municipal no DOE do dia 23 de junho. Em abril deste ano, a Prefeitura de Major Izidoro pagou R$ 230.600,00 pelas atrações artísticas que se apresentaram em dois dias do Major Fest Folia.

Em Jacaré dos Homens, na mesma região, as atrações artísticas para as festividades de São Pedro custaram R$ 135 mil, conforme decreto publicado pela Prefeitura no DOE do dia 5 de junho. Já a estrutura necessária para a realização dos shows, como som, iluminação, etc., custou R$ 70 mil.

Somados, os valores chegam a R$ 205 mil em Jacaré dos Homens. Assim, é como se cada habitante do município, onde vivem apenas 5.511 pessoas, segundo dados oficiais, tivesse colaborado com R$ 37 para a festa.

Na opinião do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Jorge Dantas, que é prefeito de Pão de Açúcar, mesmo com a crise, as festas tradicionais devem ser mantidas. No entanto, ele recomenda economia no pagamento das bandas.

“A Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Pão de Açúcar, por exemplo, faz parte das tradições do município. Para realizá-la em janeiro, a gente inicia a economia meses antes. O povo quer os serviços básicos, mas quer também a festa, que é realizada fruto do esforço da gestão municipal”, explicou o presidente da AMA.

Jorge Dantas destacou ainda que as festas tradicionais movimentam a economia dos municípios, gerando renda para os moradores. “Algumas dessas festividades existem há mais de 50 anos e já fazem parte da cultura do povo”, defendeu o gestor.

Sobre a reivindicação de aumento de 2% no FPM, um dos motivos da Marcha dos Prefeitos, realizada em Brasília em maio deste ano, Jorge Dantas disse que a categoria obteve 1%, que será repassado da seguinte forma: 0,5% em 2015 e 0,5% em 2016.
Publicação da Prefeitura no DOE comprova pagamento de bandas

sábado, 2 de agosto de 2014

Há 25 anos, o Brasil perdia o “rei do Baião”


Luiz Gonzaga transformou a vida do nordestino em poesia (foto: Google.com)
Há exatamente 25 anos, em 2 de agosto de 1989, morria no Recife (PE) Luiz Gonzaga, o artista que ficou conhecido como o “rei do Baião”. Nascido na cidade de Exu, Sertão de Pernambuco, ele viajou pelo Brasil cantando a vida, o sofrimento e a alegria do povo nordestino.

Conquistou admiradores, outros artistas, a crítica e o público e ficou conhecido por se apresentar sempre vestido com roupas típicas do sertanejo, em sinal de valorização às suas origens.

Autor de "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950), Gonzaga compôs centenas de músicas e gravou quase 200 discos, tendo 30 milhões de cópias vendidas. Foi também o primeiro artista a fazer uma turnê pelo Brasil e a sair do eixo Rio-São Paulo.

Em 2012, ano do centenário de seu nascimento, foi tema de escola de samba. Já inspirou filmes, livros e outros cantores, como Dominguinhos, considerado seu sucessor artístico, falecido em 2013.
Abaixo, a letra de seu maior sucesso, Asa Branca, escrita em parceria com Humberto Teixeira:

Asa Branca            
(Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)

Quando oiei a terra ardendo
Qua fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse a deus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Com informações de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Gonzaga e http://www.luizluagonzaga.mus.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Prefeitura de Senador Rui Palmeira firma Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público

Após a apuração de supostas práticas de atos de improbidade administrativa e de crimes de responsabilidade, a Prefeitura de Senador Rui Palmeira, no Sertão alagoano, firmou dois Termos de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Estadual (MPE). Os documentos foram publicados no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (1º), nas páginas 62, 63 e 64.

Um dos Termos tem por objetivo garantir que os veículos adquiridos pela Prefeitura através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por intermédio do Programa Caminho da Escola, somente sejam usados para o transporte de estudantes e com finalidades pedagógicas. Isso leva a crer, portanto, que alguma denúncia chegou ao MPE informando que veículos da Educação estavam sendo usados em outras finalidades.

O outro Termo de Ajustamento de Conduta se refere à revogação da permissão que um comerciante tinha para manter um quiosque numa praça pública, realização de licitação para uso deste e dos demais espaços públicos da praça por comerciantes e proibição da venda de bebidas alcoólicas em espaços públicos em geral, como praças, ruas e avenidas.

O Termo assinado determina ainda que a Prefeitura, por meio da Guarda Municipal, se for preciso, fiscalize a proibição da venda de bebidas alcoólicas nesses locais a partir do dia 30 de setembro deste ano.

Ainda de acordo com o documento, quem descumprir a proibição terá toda a bebida apreendida pela Prefeitura e somente liberada após o pagamento de multa equivalente ao valor total da mercadoria. A quantia arrecadada com as multas será destinada ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município de Senador Rui Palmeira.

Resta saber, porém, se haverá fiscalização da venda de bebidas em locais públicos em dias de shows, normalmente realizados em praça pública pelas Prefeituras em datas como dia do padroeiro e emancipação política. Nesses shows, é comum encontrar diversos ambulantes com caixas de isopor vendendo bebidas a todos, sem interesse em saber se é menor ou maior de idade. O Termo assinado pela Prefeitura garante a proibição total da venda de bebidas em locais públicos, tanto para maiores quanto para menores de idade.
Documento foi publicado no DOE desta sexta-feira (1º)

Termo trata do uso de veículos da Educação