sexta-feira, 25 de julho de 2014

Pole dance ganha adeptas e ajuda no condicionamento físico

A exibição com movimentos sensuais e que exigem muita força física e equilíbrio em uma barra de ferro deixou de ser exclusividade de casas noturnas, como foi largamente mostrado pelo cinema nas décadas de 1980 e 1990, tendo um dos filmes mais representativos o Striptease, estrelado por Demi Moore. Faz algum tempo que o pole dance ganhou as academias de ginástica e muitas adeptas em busca de novas formas para obter condicionamento físico.

É o caso da estudante de enfermagem Laila Chamchaum, de Maceió, que pratica a atividade há cinco meses. Ela conta que conheceu o pole dance como atividade física por meio de uma reportagem e por indicação de uma amiga que já praticava. Ela estava insatisfeita com os exercícios tradicionais da academia de ginástica, foi conhecer o pole dance e resolveu se matricular.

“Fui em busca de melhora no condicionamento físico, perda de peso, definição muscular, flexibilidade e força. Minhas expectativas foram superadas, pois alcancei isso tudo muito mais rápido do que eu imaginava. Meu corpo mudou como não tinha mudado em nenhum esporte antes”, revelou a universitária, que antes já praticou tênis, boxe e ginástica rítmica.

Ela pratica o esporte duas vezes por semana, uma hora em cada aula, num estúdio localizado no bairro da Jatiúca, e afirma: “É muito bom para a autoestima, saio da aula me sentindo linda e maravilhosa, sem contar que as aulas são sempre divertidíssimas. Cada movimento que a gente consegue é uma comemoração”.

Sobre o preconceito em relação ao esporte, por ainda estar associado a clubes noturnos, Laila Chamchaum diz que ele existe, mas que as pessoas estão começando a entender e a conhecer a importância do pole dance como exercício físico. Entre suas colegas de aula, há senhoras aposentadas, que, assim como as mais jovens, se esforçam para conseguir realizar todos os movimentos.

“O esporte deixou de ser último lugar na minha lista de prioridades. Antes, o tempo apertava e eu não pensava duas vezes antes de largar. Agora, quanto mais estressante a rotina, mais tenho a necessidade de praticar, pra me sentir melhor”, finalizou Laila Chamchaum.

Segundo a professora de pole dance Williane Melo, do Studio Vertical Dance, ao aceitar fazer uma aula experimental, as pessoas começam a ver o exercício de uma forma diferente. Ela fez um curso de pole dance no Rio de Janeiro, onde o preconceito também existe, mas a atividade já tem um número maior de adeptas. “É algo relativamente novo nas academias, existe há cerca de 6 anos”, informou.

Em Alagoas, o Studio Vertical Dance é pioneiro e oferece a atividade há nove meses. “A sensualidade existe, mas não é esse o nosso foco. Fazemos o trabalho de forma muito profissional, com o objetivo de fortalecer a musculatura, melhorar o condicionamento físico, ajudar na perda de peso. Nossas alunas ficam muito satisfeitas com o resultado”, informou Williane Melo, que é formada em Dança pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Ao todo, o Studo Vertical Dance tem 35 alunas, com idades entre 16 e 60 anos. “A idade não é uma limitação. É preciso adaptar o tipo de exercício. Em outros lugares, os homens também praticam o pole dance”, disse a professora. Ela informou também que, quando tiver uma quantidade suficiente de interessados, vai abrir uma turma só para homens.

Já se sabe que o pole dance aumenta a força superior do corpo (utilizando o próprio organismo como resistência), trabalha a flexibilidade e a coordenação motora e também tonifica o corpo como um todo, trabalhando de forma mais intensa panturrilha, abdômen, bíceps, tríceps e coxas.

Uma das modalidades do pole dance é o pole street, praticado em postes ou placas de sinalização de trânsito e nomes de ruas. A modalidade já foi praticada em Maceió pelas alunas do Studio Vertical Dance.

A atividade também é catalogada como uma arte cênica. Um exemplo de pole dance com desempenho de arte cênica pode ser visto no Cirque du Soleil. Neste circo, acrobatas vestidos de múltiplas cores realizam a atividade, que inclui movimentos que implicam numa grande quantidade de força e habilidade.

Quem tiver interesse em saber mais sobre o pole dance, assistir a uma aula experimental ou se matricular na atividade pode entrar em contato com o Studio Vertical Dance pelos telefones: (82) 3026-2176 e 8734-4192.
Laila Chamchaum em aula de pole dance no Studio Vertical Dance (foto: Colaboração/Laila Chamchaum)
Estudante também já praticou pole street dance (foto: Colaboração/Laila Chamchaum)

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