segunda-feira, 28 de julho de 2014

76 anos sem Lampião, o artesão alfabetizado que se tornou o maior cangaceiro da história


Lampião ficou conhecido como o "rei do Cangaço" (foto: Google.com)
Virgulino Ferreira da Silva, conhecido popularmente pelo apelido de Lampião, foi o principal e mais conhecido cangaceiro brasileiro. Nasceu na cidade de Serra Talhada (PE), em 7 de julho de 1898, e faleceu em Poço Redondo (SE), em 28 de julho de 1938. Já se passaram, portanto, 76 anos de sua morte. Ele ficou conhecido como o "rei do Cangaço".

O que poucos sabem é que Lampião trabalhou até os 20 anos de idade como artesão. Ao contrário de muitos jovens de sua época, ele era alfabetizado. Foi, portanto, um dos poucos cangaceiros que sabiam ler e escrever. Outra curiosidade é que ele apresentava problema de visão e, por isso, usava óculos para leitura.

Contam os historiadores que Lampião entrou no cangaço para vingar a morte de seu pai. No início, ele participou de um bando já existente. Depois, criou seu próprio bando. Suas andanças pelos estados do Nordeste levaram medo à população das pequenas cidades, vilas e povoados.

O "rei do Cangaço" era temido e muito lembrado por suas ações de violência e crueldade. É verdade também que muito se criou a esse respeito, devido à fertilidade da imaginação popular, tornando-o quase uma figura folclórica. Outra lembrança do povo sertanejo sobre Lampião é sua devoção e respeito ao Padre Cícero, com o qual chegou a se encontrar uma vez.

Lampião e seu bando estão entre os responsáveis pela difusão de uma dança popular brasileira conhecida como “xaxado”, oriunda do Sertão de Pernambuco. O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos cangaceiros, na qual eles usavam roupas em tons marrons e cáqui, de couro para que se protegessem dos espinhos da caatinga do Sertão e sempre acompanhadas do rifle e da alpercata do mesmo material.

A morte de Lampião, Maria Bonita e todo o seu bando ocorreu pelas mãos de volantes de Alagoas, a Polícia Militar da época, mas em território sergipano. O grupo foi pego de surpresa. Ao final do combate, todos foram decapitados e as cabeças ficaram expostas, inicialmente, na outra margem do Rio São Francisco, na cidade de Piranhas (AL).

A vida e a morte de Lampião e seu bando já renderam centenas de publicações, entre livros, filmes, artigos e teses. Em algumas, ele é descrito como bandido, em outras, como mocinho.

Com informações de: http://www.suapesquisa.com/biografias/lampiao.htm e http://pt.wikipedia.org/wiki/Xaxado

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